top of page

A importância de desacelerar

  • cecgodoyviagem
  • 13 de nov.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de nov.

Crianças "percebendo a natureza" com seus sentidos. Imagem feita com IA.
Crianças "percebendo a natureza" com seus sentidos. Imagem feita com IA.

A importância de desacelerar

“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal… Quando se vê, já terminou o ano… Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê, passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado… Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.” — Mário Quintana, em “O Tempo”

Este trecho de Quintana é um lembrete delicado — e necessário — de que a vida não foi feita para ser corrida, mas sentida. De que o tempo não é inimigo, e sim companheiro. De que talvez a nossa maior urgência hoje seja desacelerar.

As crianças percebem quando vivemos com pressa. Mesmo sem entender as razões, elas sentem o peso de um mundo que anda depressa demais. Tornam-se ansiosas, inquietas, e aprendem cedo a olhar o relógio — mas não o céu, nem as árvores, nem o próprio coração.

Precisamos mostrar a elas outro ritmo: o das sementes que brotam, o das nuvens que mudam de forma, o do sol que se põe devagar. Um ritmo que ensina a respirar fundo, observar com calma e confiar na passagem do tempo.


Ensinar as crianças a ver o tempo passar

Desacelerar é um aprendizado. É parar para ouvir o canto dos pássaros. É permitir que o silêncio volte a existir. É redescobrir o valor das pausas, dos intervalos, dos momentos em que nada acontece — mas tudo se transforma.

Quando desaceleramos, o tempo ganha sabor. As conversas se tornam mais verdadeiras, os gestos mais atentos, a vida mais viva. E as crianças, ao nosso lado, aprendem o que nenhum relógio ensina: que o tempo não precisa ser vencido — ele precisa ser vivido.

Talvez o maior presente que possamos oferecer seja esse: viver devagar o suficiente para perceber a beleza das coisas simples. Porque é na calma que nasce a curiosidade, a empatia e o encantamento. E é nessa calma que o aprendizado — e a vida — realmente acontecem.

.

.

.

**************************

Texto inspirado em reflexões sobre os diversos momentos da vida, aqueles em que a velocidade permitiu contemplar cada instante e aqueles que não percebi ter vivido, pois estava correndo.

Carlos Eduardo Godoy (Prof. Amparo)

Biólogo, Professor,

Escritor e Ilustrador

  • Whatsapp
  • Amazon Music ÍCONE
  • ChatGPT Image 10 de out. de 2025, 23_22_01
  • ChatGPT Image 10 de out. de 2025, 23_18_05
  • Spotify
  • Youtube
  • Pinterest
  • alt.text.label.Facebook
  • alt.text.label.Instagram

©2023 por Carlos Eduardo Godoy / Livros para crianças que gostam da Natureza. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page