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Rubricas para avaliar atividades de investigação

  • cecgodoyviagem
  • 31 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de jan.

Estudantes investigam germinação de sementes. Imagem feita com IA.
Estudantes investigam germinação de sementes. Imagem feita com IA.

Rubricas para avaliar atividades de investigação

A investigação científica é uma das práticas mais ricas e desafiadoras nas aulas de Ciências da Natureza. Atividades desse tipo estimulam o pensamento crítico, a curiosidade e o método científico, mas também exigem uma avaliação cuidadosa e criteriosa. Como garantir que os alunos sejam avaliados de forma justa e saibam como melhorar seu desempenho?

O livro "RÚBRICAS: Una poderosa herramienta para evaluar desempeños", do autor Felipe Cárcamo, traz a resposta para essa pergunta!

A resposta está nas rubricas. Essas ferramentas permitem avaliar competências complexas, como planejar e conduzir experimentos ou interpretar dados, de maneira clara e objetiva. Este guia mostrará como elaborar uma rubrica eficaz para uma atividade de investigação científica, com foco nas seguintes expectativas de aprendizagem:

  1. Elaborar hipóteses coerentes com a pergunta investigada.

  2. Planejar e conduzir procedimentos para testar a hipótese.

  3. Coletar, registrar, analisar e interpretar os dados.

  4. Elaborar uma conclusão relacionando a pergunta, a hipótese e os resultados.


Etapas para Criar a Rubrica

1. Identifique os critérios de avaliação

Cada expectativa de aprendizagem será convertida em critérios específicos:

  • Elaboração de hipóteses.

  • Planejamento e condução do experimento.

  • Coleta, registro e análise de dados.

  • Elaboração da conclusão.

Esses critérios ajudam os alunos a entender o que será avaliado e orientam o professor durante a correção.


2. Estabeleça os níveis de desempenho

Crie uma escala para avaliar cada critério, com descritores claros para cada nível. Por exemplo:

  • 1 (Iniciante): Requer grande orientação para realizar a tarefa.

  • 2 (Básico): Realiza parcialmente, mas com erros ou incompletude.

  • 3 (Proficiente): Realiza a tarefa com segurança e poucos ajustes.

  • 4 (Excelente): Realiza de forma autônoma e aprofundada.


3. Detalhe os descritores

Os descritores devem especificar o que caracteriza cada nível em cada critério. Aqui está um exemplo prático:

Critério

1 - Iniciante

2 - Básico

3 - Proficiente

4 - Excelente

Hipótese

Hipótese ausente ou incoerente.

Hipótese presente, mas confusa.

Hipótese clara e coerente.

Hipótese inovadora e bem elaborada.

Planejamento

Planejamento ausente ou inadequado.

Planejamento incompleto ou genérico.

Planejamento coerente e detalhado.

Planejamento claro e abrangente.

Coleta e Análise

Dados desorganizados ou ausentes.

Dados registrados de forma parcial.

Dados registrados e analisados.

Dados analisados com profundidade.

Conclusão

Conclusão ausente ou desconexa.

Conclusão presente, mas incompleta.

Conclusão clara e alinhada.

Conclusão profunda e reflexiva.

4. Relacione os critérios ao protocolo fornecido

Explique aos alunos como as expectativas de aprendizagem estão conectadas às etapas da investigação. Por exemplo:

  • Pergunta investigada: “Qual é a influência da presença ou ausência de água na germinação das sementes?”

  • Hipótese: “A água é essencial para a germinação das sementes.”

  • Procedimentos: Separar sementes em dois grupos – um regado regularmente e outro sem água. Monitorar por 10 dias.

  • Dados: Registrar diariamente o estado das sementes e medir indicadores de germinação, como crescimento da radícula (jovem raiz).

  • Conclusão: Relacionar a hipótese com os resultados observados, afirmando se foi confirmada ou refutada.


5. Use a rubrica para feedback formativo

As rubricas não apenas avaliam; elas orientam os alunos. Após a atividade, entregue a rubrica preenchida com observações detalhadas. Por exemplo:

  • “Sua hipótese foi clara e bem fundamentada (nível 4). Para melhorar, registre seus dados com mais detalhes, indicando o número exato de sementes germinadas em cada grupo (nível 2).”


Dicas para aplicar a rubrica em sala de aula

  • Apresente a rubrica antes da atividade. Isso ajuda os alunos a entenderem as expectativas e se organizarem melhor.

  • Incentive a autoavaliação. Peça aos alunos que usem a rubrica para refletir sobre seu desempenho.

  • Adapte a rubrica ao nível dos alunos. Turmas mais jovens podem usar descritores mais simples, enquanto turmas avançadas podem ser desafiadas com critérios mais rigorosos.


Conclusão

Ao usar rubricas para avaliar atividades de investigação, você transforma a avaliação em um processo justo e transparente, que não apenas mede o desempenho dos alunos, mas também os ajuda a aprender. Em atividades de investigação científica, essa prática é especialmente poderosa, pois valoriza habilidades essenciais, como formular hipóteses, planejar experimentos e interpretar dados.

Que tal criar sua rubrica para a próxima aula de Ciências da Natureza? Experimente e observe como seus alunos se engajam e evoluem!

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Texto inspirado no livro "RÚBRICAS: Una poderosa herramienta para evaluar desempeños", de Felipe Cárcamo.

Carlos Eduardo Godoy (Prof. Amparo)

Biólogo, Professor,

Escritor e Ilustrador

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